Por que as ferramentas compensatórias são prejudiciais?

As ferramentas compensatórias ajudam no desempenho escolar do aluno.

Mas, a longo prazo, podem ser prejudiciais.

No caso do Brasil, a nova lei prevê a implementação de tecnologia assistiva, como softwares que convertem texto em voz, por exemplo, para apoiar os alunos disléxicos. Mesmo que essas ferramentas ainda sejam pouco conhecidas.

Com a adoção de ferramentas compensatórias e medidas facilitadoras, as escolas acreditam que proporcionam sucesso acadêmico também para "categorias especiais" e, assim, se tornam mais inclusivas. 

Porém, existe um lado negativo das ferramentas compensatórias que todos - escola, pais e alunos - podem subestimar.

Embora as ferramentas compensatórias sejam de grande ajuda para melhorar o desempenho escolar dos alunos, é importante lembrar que, a longo prazo, elas podem trazer consequências negativas.

Vamos tentar entender juntos quando o uso de ferramentas compensatórias é benéfico e quando deve ser evitado, pensando sempre no bem-estar dos alunos disléxicos.

Quando e para quem as ferramentas compensatórias são necessárias

É justo e necessário respeitar as necessidades individuais de cada aluno. É por isso que existe o Plano de Ensino Personalizado e as várias ferramentas compensatórias. No entanto, essa não é a solução ideal para todos os casos: é preciso fazer uma avaliação racional.

Em vez de adotar as ferramentas compensatórias sempre e em qualquer situação, seria mais útil entender se o aluno pode superar as dificuldades com outras estratégias.

Principalmente no caso da dislexia, a solução não é compensar.

Mas sim, disponibilizar um método específico e personalizado.

No entanto, a escola ainda não trilha esse caminho, pois seu objetivo é fornecer um ensino e aprendizagem padronizados e uniformes para todos.

Por isso, é importante que os pais reflitam sobre o que fazer: as ferramentas compensatórias são realmente necessárias ou talvez seja melhor resolver as dificuldades de estudo de uma vez por todas?

Quando as ferramentas compensatórias NÃO são a solução

É importante entender que as ferramentas compensatórias e as medidas facilitadoras não são uma estratégia eficaz ou sustentável a longo prazo.

Os alunos com dislexia podem superar as dificuldades em poucos meses, seguindo um método de aprendizagem específico e personalizado para eles.

Então, por que não tentar resolver essas dificuldades?

As ferramentas compensatórias podem ser úteis, mas o que acontece quando o aluno não tem a possibilidade de usá-las? E o que acontecerá quando ele tiver que enfrentar o mundo do trabalho?

Como um adulto disléxico poderá lidar com as dificuldades de leitura, escrita e como serão as suas relações a nível pessoal e profissional?

No futuro do disléxico, fora da escola não há ferramentas compensatórias e medidas facilitadoras. Portanto, é necessário resolver as dificuldades no presente, durante os anos escolares, quando ainda há tempo para fazê-lo.

Não resolver as dificuldades... pode ser um dano irreparável.

Como imagino que você já saiba, sou disléxica e vivi na pele o que significa levar uma vida com dislexia. Sinto-me realizada por ter conseguido superar, pois decidi resolver as minhas dificuldades. Mas te garanto, é muito difícil conseguir sozinho.

Conheci muitos disléxicos que acreditavam não ser capazes de ler corretamente e estudar de forma independente.

Assim, eles carregaram o peso de sua dislexia com sérias repercussões em suas vidas.

Por que os disléxicos devem se contentar com uma vida de série B?

Seguimos muitas crianças e adolescentes disléxicas que viviam um estado contínuo de agitação todos os dias antes de procurarem nossa ajuda. A escola era uma fonte de medos e frustrações, eles não tinham amigos e a autoestima estava lá embaixo. 

Não era apenas a vida escolar que estava sendo afetada, toda a vida deles sofria impactos negativos, fazendo com que perdessem experiências valiosas da infância e da adolescência.

Muitos universitários disléxicos, antes de procurarem ajuda, se viram pensando em desistir: a carga de estudos era demais e não sabiam como gerenciá-la, as provas escritas eram impraticáveis e as provas orais os deixavam extremamente ansiosos.

O mesmo ocorre com adultos disléxicos, que enfrentam grandes dificuldades no ambiente profissional: problemas com leitura, escrita e cálculos tornam-se barreiras enormes, mesmo para a realização de tarefas simples. Acabam mudando de emprego diversas vezes, sem encontrar estabilidade.

Muitos ainda enfrentam desafios emocionais e relacionais, tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Encontram dificuldades para fazer amizades, desenvolver relacionamentos amorosos e estabelecer uma convivência saudável com a família…

Um investimento no presente para um futuro gratificante 

Tudo isso que abordamos - TEAps, ferramentas compensatórias, PEP - são assuntos recentes, que começaram a fazer parte do nosso dia a dia há pouco tempo. Ainda existe muita desinformação e confusão a respeito.

É exatamente por isso que é essencial compreender que os disléxicos não necessitam de ferramentas compensatórias, mas sim de um método de leitura e estudo específico para eles, capaz de solucionar definitivamente as dificuldades na raiz.

Os disléxicos podem, sim, aprender a ler e estudar!

Portanto, vale a pena fazer um esforço hoje para prevenir problemas futuros.

Uma vez superadas as dificuldades da dislexia, o futuro será repleto de realizações e eles terão as mesmas oportunidades que os demais.

Você já se perguntou como seria superar os desafios da dislexia sem depender de ferramentas compensatórias? 

Imagine um futuro em que seu filho supere as dificuldades de leitura e compreensão ligadas à dislexia, ganhando confiança e independência nos estudos. Parece um sonho distante, não é mesmo? Mas acredite, é possível! 

Ao enfrentar as dificuldades ligadas à dislexia de frente e compreender por que as ferramentas compensatórias podem ser prejudiciais, você estará investindo no bem-estar e sucesso do seu filho no presente e no futuro.

Não deixe passar esta oportunidade única: agende agora para uma consultoria gratuita conosco e descubra como ajudar seu filho a vencer os obstáculos da dislexia, evitando a dependência de ferramentas compensatórias. 

Juntos, podemos transformar vidas e abrir um mundo de possibilidades para crianças e jovens disléxicos.

A hora de agir é agora!

Cecília Cruz

Fundadora da DysWay